Em preparação para a solenidade de Cristo Rei
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Colocar Cristo no centro da própria vida: este é o conselho que Bento XVI deixou nesta quarta-feira, ao concluir a audiência geral, em particular aos jovens presentes na Praça de São Pedro.
Antes de despedir-se dos milhares de peregrinos, o Santo Padre dirigiu uma saudação particular aos jovens, aos doentes e aos recém-casados.
Começou recordando que «no próximo domingo, último do tempo comum, celebraremos
a solenidade de Cristo, Rei do Universo».
«Queridos jovens - exortou -, colocai Jesus no centro de vossa vida e recebereis d'Ele luz e valentia», disse.
«Cristo, que fez da Cruz um trono régio, ensine-vos, queridos enfermos - continuou dizendo - a compreender o valor redentor do sofrimento vivido em união com Ele.»
Por último, dirigindo-se aos recém-casados, vindos ao Vaticano com sua roupa de
casamento, desejou «reconhecer a presença do Senhor em vosso caminho familiar».
A festa de Cristo Rei foi instituída em 1925 pelo Papa Pio XI, que a fixou no domingo anterior à solenidade de todos os santos, como resposta ao avanço do ateísmo e da secularização, segundo escreveu na encíclica Quas primas.
O Papa Paulo VI, em 1970, quis destacar mais o caráter cósmico e escatológico do reinado de Cristo. A festa se converteu na de Cristo «Rei do Universo» e se fixou no último domingo do ano litúrgico.
16.01.2008, Catarina Almeida
Enquanto o Governo proíbe o cigarro, permite e paga o aborto
O Presidente da República Portuguesa convocou hoje o referendo à despenalização do fumo em locais públicos, depois de o Tribunal Constitucional se ter pronunciado favoravelmente à pergunta: "Concorda com a despenalização do fumo em locais públicos, se realizado por opção do fumador maior de idade ou emancipado?"
Desde 2008, conhecem-se 130 processos terminados, com 344 arguidos (todos de baixos rendimentos) e 103 condenações. Segundo a análise feita pelos deputados que requereram o referendo, a maioria dos fumadores julgados tinha entre 35 e 50 anos e fumava por prazer.
Conhece-se agora o primeiro movimento a favor da despenalização, Sim, Fumamos! No documento constitutivo do movimento, que reúne fumadores de vários quadrantes políticos, partidários e culturais, lê-se: "Os julgamentos de Lisboa, Coimbra e Braga são exemplos da ineficácia da actual lei - não evita que se fume e coloca os fumadores numa posição desumana de penalização e humilhação."
Aquando da elaboração da lei, o Governo de Sócrates afirmou ter em conta sobretudo a prevenção do tabagismo, proibindo-o, protegendo assim a sociedade, principalmente os cidadãos mais vulneráveis. "É vergonhosa a condição a que nós, fumadores, somos remetidos. Empurram-nos para a barra do tribunal, abrindo espaço a que se criem espaços privados de higiene e condições. Somos actualmente vítimas do fumo do vão de escada e sentimo-nos verdadeiros criminosos. No entanto, aqueles que têm posses conseguem fumar sem ser importunados."
Enquanto a actual lei se mantiver, acontecerão as denúncias e, como consequência, a investigação policial sobre fumadores e suas famílias. O tabagismo clandestino é um flagelo e um problema de saúde pública. A actual política de proibição impede o SNS de ajudar os fumadores, prevenindo os seus riscos através da educação para a saúde.
Talvez não cheguemos a ler esta notícia no ano de 2028. É, claro está, uma analogia aparentemente exagerada e desproporcionada entre o aborto e a caça aos fumadores.
Mas a verdade é que vivemos numa sociedade onde o aborto não é penalizado em nome da liberdade individual; ao mesmo tempo, vemos nos primeiros dias de Janeiro notícias como "Três homens apanhados a fumar pela polícia".
Que modelo de sociedade estamos a construir e, sobretudo, o que significa para nós a liberdade? Somos actualmente a sociedade do "sanitariamente correcto", mesmo que não se olhe a medidas despropositadas para impor ao indivíduo o que ele pode ou não fazer. O critério da razoabilidade e da intervenção mínima do Estado nas liberdades individuais é preterido em função do padrão uniformizador dos hábitos e das consciências.
Está patente aos olhos de todos que o tabagismo é um problema actual e efectivo. O ataque às causas, a prevenção e, sobretudo, a sua proibição são medidas indiscutivelmente eficazes na luta contra uma das maiores causas de mortalidade a nível mundial.
Porém, o mesmo raciocínio não serve já interesses tão ou mais fundamentais como o valor da vida em si, o valor da vida dos outros. Enquanto o Governo proíbe o cigarro, permite e paga o aborto. Por absurdo, uma grávida com menos de 10 semanas pode ser punida por fumar, mas não o será se abortar o seu filho.
O aborto é um flagelo a ser combatido. Há um ano poderíamos acrescentar que até aqui estamos todos de acordo. Mas não é verdade: um primeiro balanço da aplicação da lei do aborto mostra-nos já, ainda a quente, que a banalização do aborto é o resultado da permissividade com que passámos a tratar a questão.
Portugal precisa de uma política de saúde consistente e coerente: identificar os males, combater as causas, fomentar as práticas que evitem o flagelo, seja através da prevenção, seja através do apoio às alternativas e, finalmente, proibir as práticas prejudiciais, respeitando os valores de liberdade em confronto.
Do tabagismo poderá recuperar-se o fumador, do aborto nunca mais se recuperarão pelo menos duas vítimas: a mãe e o seu filho. Ainda continuamos a tempo de o evitar. Fumadora e ex-mandatária do Diz Que Não
É curioso observar como a vida nos oferece resposta aos mais variados questionamentos do quotidiano... Vejamos:
A mais longa caminhada só é possível passo a passo...
O mais belo livro do mundo foi escrito letra por letra...
Os milénios se sucedem, segundo a segundo...
As mais violentas cachoeiras se formam de pequenas fontes...
A imponência do pinheiro e a beleza do ipê começaram ambas na simplicidade das sementes...
Não fosse a gota e não haveria chuvas...
O mais singelo ninho se fez de pequenos gravetos e a mais bela construção não se teria efectuado senão a partir do primeiro tijolo...
As imensas dunas se compõem de minúsculos grãos de areia...
Como já refere o adágio popular, nos menores frascos se guardam as melhores fragrâncias..
É quase incrível imaginar que apenas sete notas musicais tenham dado vida à "Ave Maria", de Bach, e à "Aleluia", de Hendel...
O brilhantismo de Einstein e a ternura de Teresa de Calcutá tiveram que estagiar no período fetal e nem mesmo Jesus, expressão maior de Amor, dispensou a fragilidade do berço...
... Assim também o mundo de paz, de harmonia e de amor com que tanto sonhamos só será construído a partir de pequenos gestos de compreensão, solidariedade, respeito, ternura, fraternidade, benevolência, indulgência e perdão, dia a dia...
Ninguém pode mudar o mundo, mas podemos mudar uma pequena parcela dele:
esta parcela que chamamos de "Eu".
Não é fácil, nem rápido...
Mas vale a pena tentar!
(autor desconhecido)
Vem, Senhor Jesus,
pois os construtores da paz precisam de ouvir
novamente o cântico dos anjos em Belém.
Os reis e os sábios precisam de encontrar
a estrela que leva ao teu presépio.
Muitos doutores precisam de admirar
as tuas perguntas e respostas no templo.
Muitos filhos precisam de ver-Te obedecer.
a quem era menos que Tu!
Vem, Senhor Jesus,
ois muitos noivos precisam de Te levar
ao banquete do seu casamento.
Muitas samaritanas já vão a caminho
dum sexto homem que não é seu marido.
Muitos pretensos sábios e justos
precisam de ouvir as tuas invectivas
contra os escribas e fariseus.
Muitos homens precisam do Teu olhar
para deixarem tudo e Te seguirem .
à procura dos irmãos.
Vem , Senhor Jesus,
pois ninguém quer ser perseguido,
nem ser pobre, nem puro, nem manso,
para ser feliz!
Vem, Senhor Jesus,
pois todos querem ser grandes e os primeiros,
porque ser criança e ficar em último
é muito incómodo e humilhante…
Vem, Senhor Jesus,
pois muitos teorizantes precisam de saber
que Tu és o Cristo, Filho de Deus vivo!
Muitos doentes precisam com urgência
de comer o Teu corpo e beber o Teu Sangue
para conseguirem a vida eterna.
Muitos cegos precisam da Tua luz,
do Teu Caminho, Verdade e Vida
para irem ao encontro do pai.
Muitos irmãos mais velhos
precisam de compreender os mais novos que voltam
enjoados dos amigos, dos vícios e das aventuras,
para viverem com eles na casa do Pai.
Muitos precisam de aprender a rezar o “Pai Nosso”
para saberem que devem perdoar
Se quiserem ser perdoados.
Vem, Senhor Jesus,
Pois muitas Martas se atarefam demasiado
com mil e uma actividades e técnicas e métodos
Esquecendo-se de consultar a Tua palavra
que é espírito e vida e jamais passará.
Muitos Lázaros apenas estão vivos
durante quatro dias do ano
e precisam que Tu os ressuscites
nos outros 361 dias.
Muitos doentes de espírito
Não querem ver, nem ouvir, nem falar,
nem dar um passo nem serem limpos.
Muitos dos que se dizem Teus
só Te servem por milagres e consolos
e precisam de saber que por isso,
são incrédulos e perversos.
Vem, Senhor Jesus,
pois ainda não há um só rebanho nem um só Pastor,
como Tu pediste ao Pai.
Os Teus trazem todos os emblemas e distintivos,
Menos o do Amor que Tu pediste
e os há-de identificar como tais.
Muitos Pilatos que atraiçoam a verdade
por cobardia ou compromisso,
lavando as mãos em nome da justiça,
precisam de saber que Tu és Rei
e os hás-de julgar no último dia.
Vem, Senhor Jesus,
pois muitos desesperados precisam de Te ver morrer
para acreditarem que a sua vida vale a pena.
Muitos precisam de se lembrar que ressuscitaste,
para verem na cruz o sinal mais da vitória.
Vem, senhor Jesus,
Pois muitos milhões de homens
ainda não sabem que tu vieste,
ou vivem como se não soubessem.
(Adaptado)
Capelania HDEstefânia
vivemos numa sociedade egocentrica, onde o Homem é individualista, egoísta, acomodado, banal, facilitista, caso raras excepções, onde determinadas situações sociais nos "obrigam" a reinvidicar posições. que chatice!
mas é curioso como alguns temas mais sensacionalistas mexem com os nossos sentimentos e neurónios, e decidimos que é altura de tomar armas e palavras para lá encaminharmos a nossa sociedade para um rumo mais desenvolvido, progressista, enfim, moderno...
vejamos o caso do aborto: toda a gente tem direito a opinar, e mais faltaria se assim não fosse! como qualquer direito e dever cívico, vemo-nos felizmente obrigados a reagir, a manifestar, a agitar a mentalidade social colectiva. E ainda bem que assim o fazemos!!! É sinal que a nossa democracia vai gozando de alguma boa saúde.
mas por outro lado, deixa-me reflexiva (para não dizer triste), porque constato que é só para estes pontos polémicos que nos debatemos, que nos entregamos à luta pelos nossos ideias, sejam eles de que ideologia forem.
permitam-me que vos diga: gostaría de ver tanta mobilização como se está a ver neste referendo sobre outras problemáticas sociais no nosso país e, atrevo-me a dizer, mais urgentes, tais como: reforma do apoio social, para que, por exemplo, se possa evitar abortar, melhoria da educação (que não se limita ao pagamento de propinas), melhorar o acesso à cultura, à saúde...
Juntemo-nos para reinvidicar a melhoria do nosso sistema social!!! mas claro, este tema já não é tão "humilhante"; exigamos aos nossos dirigentes uma lei social eficaz, para que não caiamos no facilitismo político de despenalizar/legalizar o aborto...
Seremos capazes ou teremos interesse de sair à rua e de fazer campanha por uma reforma social digna, pragmática e eficaz? sincera e infelizmente, tenho as minhas dúvidas...
Sara Vidal